Empresas de saúde são as que menos atendem às reclamações do Procon-SP

Planos de Saude - São Paulo SP

As empresas da área de saúde são as que tem maior índice de não atendimento às reclamações dos clientes, segundo o Cadastro de Reclamações Fundamentadas do Procon-SP, divulgado nesta sexta-feira. O setor representa 3% do total de reclamações registradas pela fundação no ano passado, com 642 registros.
As 20 primeiras empresas da lista do setor tem 408 reclamações, das quais 65,2% não foram atendidas. A Avimed Saúde/Aviccena Assistência Médica lidera o ranking com 55 reclamações, 58% delas não solucionadas. Em segundo lugar, fica a Samcil, com 50 registros, 30% não resolvidos. Em seguida vem a Medial Saúde, com 87% das 39 reclamações não solucionadas; Cartão C&A, com 55% das 29 reclamações não solucionadas; e Amil Assistência Médica, com 72% das 25 reclamações não resolvidas.
"As reclamações são principalmente por falta de atendimento e por alteração na rede credenciada, principalmente quando uma empresa comprou a carteira de clientes de outra", diz Roberto Pfeiffer, diretor-executivo do Procon-SP.
Outra área que apresenta índice baixo de solução para as reclamações é a de assuntos financeiros, que representa 25% das reclamações, com 5.723 registros. Como a representatividade da área é maior, em números absolutos, são mais reclamações sem resposta.
As 20 primeiras empresas da lista não resolveram 49,81% das 4.752 reclamações que receberam por meio do Procon-SP. A maioria das reclamações são a respeito de segurança, como em transações não reconhecidas.
"O principal responsável por esse aumento de reclamações no setor financeiro é a oferta de crédito indiscriminada, levando o cliente à inadimplência. O problema de informação também é crucial. O cliente, às vezes, assina o contrato sem saber como será se ele atrasar o pagamento, por exemplo", diz Dinah Barreto, assistente de direção do Procon-SP.
Ao todo, o Cadastro de Reclamações Fundamentadas de 2007 traz 22.831 registros, dos quais 37% não foram solucionados.
Na área de serviços essenciais que, puxada pela Telefônica, é a campeã do ranking com 7.106, ou 31%, das reclamações, o índice de não atendimento pelas 20 primeiras empresas é de 15,04%. Nessa área estão inclusos serviços de água, luz e telefone.
No terceiro lugar das reclamações ficam as empresas de produtos, com 6.844 registrou ou 30% do total de reclamações, puxadas pelos defeitos nos aparelhos celulares. Das 3.763 reclamações feitas às 20 primeiras empresas da área no ranking, 34,49% não foram solucionados.
A área de produtos, que é a quarta no ranking, com 2.329 registros ou 10,20% do total, também deixou boa parte de seus clientes na mão. Entre as reclamações das 20 primeiras empresas da lista, 43,07% não foram resolvidas. O setor engloba as empresas de TV a cabo.