9 de out. de 2008

Vendas de genéricos crescem 44,3%, para US$ 1,52 bilhão

Planos de Saude - São Paulo SP

O crescimento em mercados de tratamentos para doenças crônicas e a entrada das empresas em novas categorias, em especial, ajudaram a elevar em 44,3% as vendas de medicamentos genéricos no ano passado, que alcançaram US$ 1,52 bilhão em relação aos US$ 1,05 bilhão de 2006. Em reais, a alta foi de 27,8%, para próximo de R$ 2,95 bilhões, conforme levantamento do IMS Health, que audita as vendas do setor farmacêutico no varejo, divulgado ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). A evolução é resultado também do crescimento em unidades. Em 2007, a alta foi de 20,1%, com 233 milhões de caixas de genéricos comercializadas.
Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos, prevê a manutenção desse ritmo de expansão para este ano e observou que o mercado de genéricos cresceu bem acima das vendas do setor farmacêutico como um todo. Em 2007, o mercado total movimentou US$ 12,1 bilhões, alta de 23,6%, com a comercialização de 1,51 bilhão de caixas de remédios, uma evolução de 5,6% ante 2006, conforme o IMS Health. "2007 foi um ano bom. Toda vez que registramos crescimento em unidades festejamos porque significa maior acesso, mais pessoas entrando em tratamento, o que é um bom indicador de melhoria da qualidade de vida", disse Finotti, que tem a expectativa de que o setor repita a evolução de 2007 neste ano.
Para o executivo, o desempenho se deve a uma maior conscientização de pacientes e médicos. "As pessoas estão cada vez mais fazendo a opção por tratamentos com medicamentos genéricos. Nem é sensato usar outra alternativa, se tiver genérico porque, além da qualidade do tratamento, a economia é grande." Segundo pesquisa da entidade, os genéricos já geraram uma economia em torno de R$ 7,5 bilhões desde que foram lançados, em 2001. Somente no ano passado, o montante economizado chegou a R$ 2,1 bilhões.
Os cálculos levam em conta que os genéricos, por lei, chegam ao mercado custando 35% menos, percentual acrescentado sobre o faturamento total do segmento para se chegar ao valor economizado. Mas a economia pode ser maior, já que em média os produtos podem ter preço 50% inferior aos dos medicamentos de referência, conforme estudos da Pró Genéricos realizados com as empresas associadas.
Essa economia tem garantido a continuidade de tratamentos, em especial de doenças crônicas, de muitos pacientes com baixo poder aquisitivo que antes descontinuavam as terapias por falta de dinheiro e colaborado para o acesso da população brasileira de baixa renda aos medicamentos, disse. Exemplo disso é o aumento de 46,4% das vendas de genéricos para tratar problemas do sistema cardiovascular, que alcançaram US$ 320,47 milhões em 2007. Já as vendas de medicamentos para tratar doenças do sistema nervoso central saltaram 52% (US$ 222,34 milhões) e as de genéricos para problemas do aparelho digestivo e metabolismo cresceram 63,3% (US$ 281,18 milhões).
Mais acesso
"A gente olha as classes de tratamentos crônicos, que são os maiores mercados, e percebe que são onde os genéricos crescem mais aceleradamente", disse Finotti, ressaltando também que quanto mais alto for o preço do produto de referência, mais rápida será a penetração dos genéricos e maior também será o acesso. Neste caso, o executivo dá como exemplo categórico de acesso a entrada, em setembro do ano passado, do Clopidogrel, genérico de Plavix, para tratamento de pós-enfarto.
Em quatro meses de comercialização os dois genéricos de Plavix impulsionaram em 35% as vendas em unidades dessa substância ativa, que totalizaram 361,1 mil caixas - quando somadas as vendas do dois genéricos (um da Sanofi-Aventis e o outro da Sandoz) mais as de Plavix - entre setembro e dezembro de 2007, em comparação as 268 mil caixas vendidas em igual período do ano anterior, mas somente de Plavix. Segundo Finotti, os genéricos já responderam nesse período por 48% do total, isto é, foram 174,5 mil caixas nos primeiros quatro meses de comercialização. O custo de tratamento nesse caso, disse o executivo, caiu 67%, de média de R$ 3,5 mil para R$ 1,15 mil.
O moderador de apetite Sibutramina também é exemplo de como os genéricos podem ampliar a venda da substância ativa. Em 2005, enquanto não existia genérico desse princípio ativo, foram vendidas no País 573,7 mil caixas de remédios de referência dessa substância. Em 2006, quando os genéricos da Sibutramina entraram no mercado, a partir de meados do ano, foram 1,03 milhão de unidades. Já no ano passado as vendas atingiram 3 milhões de caixas.
Maior participação
Com o resultado do ano passado, os medicamentos genéricos ampliaram a sua fatia do bolo total do setor farmacêutico. Em unidades, a participação cresceu 11,2%, passando de 14,2% em 2006 para 15,8% no ano passado. Já em valor o crescimento foi de 13,1% e saltaram de 8,9% em 2006 para 12,9% de participação no faturamento total da indústria alcançado no ano passado. Conforme a Pró Genéricos, com o desempenho o segmento vem mantendo em linha sua meta de atingir uma fatia de 20% do mercado total em unidades, em 2009.
A reportagem foi orinalmente publicada na Gazeta Mercantil desta sexta-feira (22/2/2007)

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